Conversas que curam: Carolina Campanã fala sobre saúde mental, luto e pertencimento
Todas as terças-feiras, a sede do Movimento do Otimismo em Cascais, Portugal, se transforma em um espaço de acolhimento, troca e cuidado. O tema? Saúde mental, essa parte tão essencial (e muitas vezes esquecida) do nosso bem-estar. Em um desses encontros, tivemos o privilégio de receber a psicóloga Carolina Campanã, que trouxe reflexões profundas sobre luto, escuta e a força dos grupos de apoio.
Conversamos com ela para entender um pouco mais sobre o papel dessas rodas de conversa e como o Movimento do Otimismo pode ser um verdadeiro abrigo emocional.
_________________________________________________________________________
Movimento do Otimismo: Carolina, por que compartilhar experiências com outras pessoas em luto pode ser tão transformador?
Carolina Campanã: Quando compartilhamos nossas experiências com quem também está passando pelo luto, criamos pontes. Nesses momentos, temos a chance de fortalecer relações com profundidade, “emprestar” vitalidade e esperança e, acima de tudo, respeitar a dor e o tempo de cada um. É uma forma de lembrar que não estamos sozinhos na dor — e isso já é um grande passo para a cura.
_________________________________________________________________________
Movimento do Otimismo: E como funciona a dinâmica dos grupos de apoio?
Carolina Campanã: Os grupos têm uma dinâmica própria e, quando bem formados, ajudam as pessoas a não se sentirem tão sós com seus sofrimentos e desafios. Eles humanizam — permitem que cada um apresente suas vulnerabilidades, mas também suas potências. Além disso, desenvolvem a escuta e a fala de forma pacífica, sincera, autêntica e verdadeira. É um espaço onde todos podem ser quem são, sem julgamentos.
_________________________________________________________________________
Movimento do Otimismo: Qual a diferença entre participar de uma roda de conversa e fazer terapia?
Carolina Campanã: Ambos os espaços são valiosos e podem se complementar. A terapia é um processo mais profundo, personalizado, que trabalha questões individuais com exclusividade e cuidado. Já as rodas de conversa são ótimas para reflexões mais pontuais, dentro de uma temática proposta. Elas estimulam o diálogo, a troca de vivências e criam conexões. O importante é que ambos abrem caminhos para o desenvolvimento emocional.
_________________________________________________________________________
Movimento do Otimismo: E onde o Movimento do Otimismo entra nisso tudo?
Carolina Campanã: O Movimento do Otimismo tem feito algo belíssimo: ele propõe um lugar de pertencimento para todos que se interessam por saúde e qualidade de vida. Ao criar essa rede de apoio, ele ameniza a solidão, encoraja o autocuidado, a persistência, a disciplina e eleva a autoestima. E tudo isso com leveza e alegria — que são marcas do Movimento.
_________________________________________________________________________
Se você está em Cascais ou arredores, venha viver essa experiência com a gente!
As rodas de conversa sobre saúde mental acontecem toda terça-feira e são abertas ao público. Um convite ao cuidado, à escuta e à transformação.
Porque cuidar da mente é um ato de amor — consigo e com o mundo.