Uma história de superação e resiliência

 

 

Começo contando um pouco sobre aquilo que vivi e ainda vivo. Uma história que é muito parecida com várias outras. Vamos lá?

Aos 18 meses de idade do meu filho Antônio, descobri que algo estava errado com o seu desenvolvimento geral. Ele falava poucas palavras, porém de forma contextual e, de repente, parou de se comunicar. Causou uma grande estranheza e também medo. Com a ausência da fala, começaram a surgir comportamentos inadequados. Eu, como mãe, percebi num clique. Comentei com o meu marido e imediatamente procuramos a ajuda de um especialista da área que logo confirmou o provável diagnóstico: Antônio está com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Entrei nesse mundo de cabeça erguida em busca do que tinha de melhor para oferecer ao meu filho. Procurei o melhor médico, o melhor tratamento, a melhor instituição e tudo foi fluindo a cada dia.

O tratamento proposto e indicado pelo médico foi a ABA (Análise do Comportamento Aplicado ao TEA) e a evolução do Antônio foi espetacular. Todos os dias, havia algo de melhor e de conquista. A fala apareceu com um mês de tratamento e, até hoje, ele ainda faz o tratamento de forma intensiva e diária. Aplico em casa, na escola, no dia a dia, etc.

No início, fiquei muito preocupada de ele ficar cansado demais, pois são muitas horas de tratamento, mas acredito que só deu certo porque a literatura preconiza ser intensivo. Só nós, mães, sabemos da estimulação precoce. Precisamos correr contra o tempo!

 Hoje, o Antônio está com cinco anos, já fez dois anos de ABA intensivo e está indo para o terceiro ano de uma forma não tão intensa e os resultados continuam espetaculares. Fora isso, ele faz TO desde os dois anos de idade e, neste ano, iniciou fonoterapia.

Atualmente ele se relaciona super bem com os amigos, fala adequadamente, se comunica com eficácia, estuda em escola regular, já sabe ler e escrever. Isso me enche de orgulho e de admiração! Desde o dia que recebi o diagnóstico, tive somente três dias de luto. Não é do meu perfil ser sofredora, sou OTIMISTA nata! Neste caso, o meu OTIMISMO está relacionado a trabalho. Não adianta somente ter fé e vontade, se não se faz nada para acontecer. “A fé sem obras é morta.” (São Tiago 2: 26).

O meu filho já me provou, por várias vezes, que ele é capaz de evoluir mais e mais. Eu confio nele, agora ele aprende por si só. E eu sou uma sombra chamada mãe, que está sempre ali ao lado, direcionando com conhecimento e carinho para onde ele deve seguir.

Feliz demais por tudo o que vem acontecendo na minha família, na vida do Antônio e do seu irmão gêmeo Álvaro.

Também muito agradecida por um pai que acreditou, foi atrás dos melhores profissionais da área e montou um serviço de qualidade que se chama Fundação PANDA, em Ribeirão Preto/SP, que além de atender crianças com risco de desenvolvimento e de autismo, oferece também: cursos, palestras e parcerias científicas.

Hoje faço parte do time da Fundação e levo esse trabalho estruturado para quem quer conhecer e elevando a causa do autismo cada vez mais! Sou grata por tudo que fiz e faço até hoje pelo Antônio.

O meu muito obrigada à Fundação PANDA.

Grande beijo para todas as mães que lutam como eu!

Flavia Balardim

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